A dialética do mundo me abraça.
Não alcanço a razão do dia,
nem o mistério da noite.
Do pó da criação ao pó que na terra deitará
tudo se transforma e se justifica.
Somos um só corpo a respirar
o breve sopro da existência eterna.
Só o destino nos une ao futuro.
E nosso destino é viver o presente,
síntese do que foi e do que será.
A escuridão e a luz movem,
como alavancas indissociáveis,
esse imenso ser em contínuo duelo.
O preto e o branco
O quente e o frio
O mais e o menos
O céu e a terra
O tudo e o nada
O som e o silêncio
O nascer e morrer
Olhar e não ver
Estar e não ser
São instâncias da mesma realidade.
A harmonia se impõe na superação dos limites.
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