Enganei-me, enganei-me - paciência!
Acreditei as vozes, cri, Ormia,
que a tua singeleza igualaria
à tua mais que angélica aparência.
Enganei-me, enganei-me - paciência!
Ao menos conheci que não devia
pôr nas mãos de uma externa galhardia
o prazer, o sossego e a inocência.
Enganei-me, cruel, com teu semblante,
e nada me admiro de faltares,
que esse teu sexo nunca foi constante.
Mas tu perdeste mais em me enganares:
que tu não acaharás um firme amante,
e eu posso de traidoras ter milhares.
Belo engano este.
ResponderExcluirMais um que não conhecia.
Sempre que venho aqui...Um misto de amargura por tanto desconhecimento e um prazer em descobrir:)
Volte sempre, "M.". Já disse que és sempre bem vinda por aqui...
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